As cadeias da apostasia


As cadeias da apostasia





Recentemente fiz uma viagem para estudar numa escola de capacitação missionária durante 20 dias. Nessa escola aprendi métodos de evangelização, e como voltei pra Cristo a pouco tempo, eu tô naquela fase de evangelizar todo mundo, falar do amor de Cristo a todos e dizer tudo o que Ele fez na minha vida e nessa viajem eu percebi o quanto é "fácil" falar de Jesus pra alguém que nunca foi cristão e o quanto é "difícil" falar Dele pra alguém que está afastado do evangelho. Então, eu questionei a Deus: O que leva alguém não querer voltar para Cristo? Deus por que essas pessoas são tão difíceis de se conversar? De uma forma sútil o Espírito Santo respondeu: Você não era uma dessas pessoas a pouco tempo? Então, sabe a resposta. É, e eu sei mesmo.

O pecado era o que me mantinha longe de Cristo. Eu queria aquilo. Era bom, satisfatório, desejável, era proibido e por isso era ótimo. Eu não queria abrir mão dessas coisas para viver presa numa igreja sentindo inveja de quem ia para balada. E esse é o motivo que mantém as pessoas afastadas de Cristo. Alguns dizem ter saído da presença de Deus por ter se decepcionado com algo ou com alguém da igreja ou até mesmo por ter se decepcionado com Deus, porque Ele o abandonou em algum momento de sua vida, mas na verdade é que quando a pessoa sai da presença do Senhor ela começa a fazer coisas que não é da vontade de Deus e essas coisas as mantém presas. Ninguém quer abdicar a sua vida carnal para poder tentar viver uma vida puritana como a de Cristo. Essa é a realidade.

Quando eu era pré adolescente e sai da igreja, pensei: Poxa, que legal, agora eu vou poder falar palavrão. pode até ser bobagem, mas eu não falava palavrão, pra mim isso era um grito de liberdade. Então, me dei conta que o pecado é como o vício em drogas, você começa com uma coisa mais leve e com tempo isso não vai te satisfazer mais e você começa a procurar coisas mais pesadas e em doses maiores. Eu só queria falar palavrão, mas alguns anos depois eu me vi virando noites bêbada em baladas. Nada é o suficiente para você e por isso esse desejo de querer mais, é isso que te aprisiona. Eu li recentemente que o diabo não tem o poder de te levar para o inferno, a única pessoa que pode te levar ao inferno é você mesmo. John Piper diz em um sermão: O meu maior inimigo se chama John Piper. Só eu posso me levar para o inferno. O diabo nos tenta o tempo inteiro, e não é com pecados aleatórios. Ele sabe qual é a nossa fraqueza e usa os desejos obscuros da nossa mente, nos tenta pelo o que nos atrai, mas é escolha nossa ceder a essa fraqueza ou não. Em Tiago 1:14,15 diz: Cada um, porém, é tentado pelo próprio mau desejo, sendo por este arrastado e seduzido. Então esse desejo, tendo concebido, dá à luz o pecado, e o pecado, após ser consumado, gera a morte. Somos nós que deixamos ele entrar na nossa mente, somos nós que cedemos a tentação. Isso gera cadeias, morte espiritual e física também, claro. Ele nos aprisiona nos nossos próprios desejos. Toda e qualquer vontade pecaminosa da nossa mente se torna uma cadeia e por mais que tentamos, não conseguimos sair, não temos forças. E sabe quando você vai ter força? Nunca! Isso mesmo, nunca! Essa força não vem de você, vem de Cristo. Então, se você tá afastado ou anda pensando em se afastar eu queria dizer que suas correntes podem  ser quebradas através  de sua fé em Cristo. Ele é sua força. Nenhuma lei ou religiosidade ou pecado vai manter livre. A sua liberdade vai vir de Cristo e na certeza da sua vida eterna.

Acredito que o texto tenha ficado grande, mas meu coração queima por esse assunto. Eu já fui assim um dia,  mas Cristo me resgatou e eu desejo muito ver ele trazendo pra perto mais de seus filhos pródigos, portanto, com certeza escreverei sobre isso mais vezes.

Que a paz de Cristo esteja com você e sua família.
Nathalie Teófilo

Comentários

  1. Gostei muito do texto. De fato, nosso maior inimigo somos nós mesmos. Entender essa verdade é fundamental, pois vou parar de buscar em outros (especialmente no diabo) a culpa pelas minhas falhas, e entenderei contra quem é minha guerra: meu próprio coração. Como não posso me apartar de mim mesmo, preciso vigiar continuamente e imergir na presença de Deus, a fim do pecado não me tragar. Somente me aproximando de Cristo, perderei o gosto pelo pecado.

    ResponderExcluir

Postar um comentário